Fórum Justiça

Organizações Lançam “Carta de Resistência de Curitiba” em Defesa do Direito à Livre Manifestação

09/07/2018
Democratização do Sistema de JustiçaTerritórios

Compartilhe!

Impulsionado pelas organizações ARTIGO 19, Fórum Justiça, Ouvidoria Externa da Defensoria Pública do Estado do Paraná, Terra de Direitos e Centro de Estudos Constitucionais/Universidade Federal do Paraná, o Seminário Direito de Manifestação e Sistema de Justiça reuniu nos dias 21 e 22 de junho movimentos sociais e ativistas para debater os desafios colocados pelos governos, sistema de justiça e grupos armados privados ao exercício pleno do direito ao protesto. A Carta de Resistência de Curitiba surge desse acúmulo como crítica e aposta em nortes estratégicos para a defesa do direito à manifestação.

Conheça a Carta de Resistência de Curitiba / Curitiba Letter of Resistance

Sem. Manifa

O debate foi marcado pelas críticas marcadas pelo eixo da criminalização dos manifestantes, utilização da violência e de processos criminais como forma de intimidação e de desmobilização, conivência do Judiciário e do Ministério Público com essas práticas, comportamento seletivo da polícia a depender do viés político da manifestação e reiterada falta de transparência dos protocolos de atuação policial e falta de responsabilização diante do abuso no uso da força.

Esse cenário foi enfrentado com base em propostas de mobilização de instituições, como a Defensoria Pública, e de identificação de atores relevantes capazes de mobilizar recursos jurídicos estratégicos dentro do Ministério Público Federal para a defesa de Direitos Humanos. A auto-organização para a defesa dos manifestantes, a denúncia do esvaziamento da política de proteção a defensores de Direitos Humanos e o investimento na solução de crimes contra a vida se somam à crítica ao racismo, higienismo e à política de guerra às drogas, que estão no substrato da cultura de violência policial.

Veja as imagens do evento.

A relação entre cultura, comunicação e manifestações políticas e sociais foi um dos pontos altos do encontro. A abordagem do ativismo de rede e dos impactos das produções artísticas, memes, campanhas publicitárias e outras na produção de subjetividades abertas a mensagens de transformação social foi destacada como elemento fundamental na disputa de narrativas e na construção de uma democracia sólida. Nesse sentido, foi analisada a construção midiática da diferença entre manifestantes e vândalos como forma disciplinar  protestos e legitimar a criminalização e a repressão policial, ao mesmo tempo em que despontaram diferentes coletivos que trouxeram suas culturas organizacionais, questionando os padrões típicos de comportamento político até então vigente.

A Carta apresenta, com base nesse encontro, dois eixos fundamentais; um dirigido à efetivação das políticas de democratização social interna dos organismos do sistema de justiça, pela via da participação, controle social e fortalecimento dos espaços de discussão e outro dedicado às estratégias de incidência e organização da sociedade civil para avançar na defesa do direito de manifestação tendo em vista as políticas de segurança pública. Conta ainda com o diagnóstico da situação de repressão a manifestações na cidade de Curitiba.

Convidamos todas as pessoas, entidades e organizações interessadas a conhecerem essa produção coletiva, fruto de uma cunha política e democrática firmada no seio da cidade de Curitiba que, apesar de ser palco de inúmero atos de exceção, é historicamente constituída pelas lutas sociais e pela organização dos segmentos menos privilegiados da população.

Premium WordPress Themes Download
Premium WordPress Themes Download
Download Nulled WordPress Themes
Download WordPress Themes
lynda course free download
download micromax firmware
Download Nulled WordPress Themes
lynda course free download