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Defensoria Pública de SP realiza terceira “Posse Popular” em centro de acolhimento de pessoas em situação de rua

28/05/2014

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http://www.defensoria.sp.gov.br/dpesp/Conteudos/Noticias/NoticiaMostra.aspx?idItem=50826&idPagina=1&flaDestaque=V

Veículo: DPESP
Data: 23/5/2014

Essa foi a terceira edição do evento,  que integra o Curso de Formação da carreira e é promovido por iniciativa da Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública, da Escola da Defensoria (Edepe) e da Associação Paulista de Defensores Públicos (Apadep). Os novos Defensores ouviram relatos de pessoas acolhidas no local e receberam certificados de suas mãos. Ao final, fizeram uma visita guiada às instalações do Complexo, espaço capaz de acolher cerca de mil pessoas.

Histórias

Acolhido no Complexo, René Teixeira de Carvalho contou que, apesar de bem sucedidos profissionalmente como empresários, ele e o pai estão em situação de rua há sete meses. René foi dependente químico de crack por 15 anos, o que o levou a vender casas e carro do pai, além de provocar a perda de clientes dele, causando a rejeição da família. Porém, o pai decidiu acompanhá-lo na vida nas ruas.

Também acolhida, a transexual Marcele falou sobre o preconceito sofrido pela comunidade LGBTT, inclusive por gays, lésbicas, funcionários de ONGs e órgãos públicos e pela própria população em situação de rua. Ela pediu que as pessoas discriminadas sejam estimuladas a buscar canais de denúncia e proteção, como o Disque 100 e a Defensoria Pública.

Aproximação à população carente

“A Posse Popular deve ficar no coração de cada um e cada uma. A gente deve estar onde a população atendida está e sofre. Se nos distanciarmos, vamos nos distanciar da nossa missão principal, que é garantir acesso à Justiça a essas pessoas”, disse Mônica de Melo, Diretora Assistente da Edepe.

Alderon Pereira da Costa, representante do Conselho da Ouvidoria e eleito Ouvidor-Geral da Defensoria para a próxima gestão, afirmou que o contato entre Defensores e as realidades de pessoas que poderão atender é “revolucionário”. “Porque sem essas realidades a Defensoria não existiria, não teria sentido. A missão desses novos defensores é transformar essa realidade, o que não se pode fazer sem conhecê-la, sentir seu cheiro, estar junto”, disse.

Para o Presidente Interino da Apadep, Douglas Ribeiro Basílio, o evento confere legitimidade aos Defensores. Ele e o 1º Subdefensor Público-Geral, Rafael Português, lembraram a aprovação nesta semana pelo Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 4/2014, que busca garantir a presença da Defensoria em todas as comarcas em oito anos.

O 1º Subdefensor disse que a PEC reafirma o papel da Defensoria Pública na defesa dos direitos humanos e pediu o empenho de cada um dos novos Defensores para reduzir as desigualdades sociais.

Manoel Del Rio, dirigente da Apoio – Associação de Auxílio Mútuo, que gerencia o local –, afirmou que os operadores do direito devem tratar as pessoas desfavorecidas sob um outro olhar, para assegurar uma igualdade substancial entre todos.

A Defensora Jessica Maria Benedetti, de 24 anos, aprovada em primeiro lugar no VI Concurso, disse que o Curso de Formação da Defensoria é rico, pois traz olhares de matérias diferentes do direito. “O que mais gostei foi a presença de movimentos sociais, como de travestis e negro, e de um sobrevivente do Carandiru. Isso enriquece e humaniza nosso trabalho. E a posse popular é um ato muito simbólico, um momento em que você se depara com o sujeito para o qual vai prestar o serviço de assistência jurídica integral.”

 

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