Fórum Justiça

Criar vínculos, buscar pautas e desenvolver incidências comuns, e, sobretudo, constituir um espaço ético-feminista, de matiz político-jurídica, formado por mulheres ligadas ao Sistema de Justiça que atuam ativamente por uma sociedade integradora e democrática. Este é o propósito do mais novo projeto do Fórum Justiça – ColetivAmente. Como ponto de partida, em março de 2021, foi promovido o encontro Diálogos: articulações de mulheres no Sistema de Justiça. 

Para o evento, foram convidadas algumas referências que integram grupos de mulheres com consciência crítica e ocupam cargos e posições em diferentes órgãos jurisdicionais espalhados pelo país. Nesse primeiro contato, ocorrido virtualmente, a temática focou nas questões relacionadas à ocupação dos espaços de poder em uma perspectiva de gênero e étnico-racial.

Foi um momento de aproximação e (re) conhecimento dessas articulações, de suas motivações e discussões, foi possível identificar vários pontos convergentes e desafios comuns. Entre eles, a urgência de se elaborar metodologias e políticas para quebrar os tetos de vidro, democratizar o acesso às carreiras jurídicas e promover uma representatividade plural e multirracial nas instituições do sistema de justiça.

O projeto prevê uma série de outros encontros e atividades com o objetivo de integrar e fortalecer as redes já existentes, além de incentivar a multiplicação de iniciativas por mais mulheres nos espaços de poder. Dessa maneira, colabora na desconstrução de estruturas patriarcais, coloniais e racistas, fortalecendo a luta constante pela dignidade humana e por relações sociais menos desiguais. 

O machismo e o racismo entranhados na sociedade, na arquitetura institucional e nas atuações profissionais estiveram entre os temas principais do evento, bem como ações e práticas que estão sendo e que podem ser implementadas para enfrentá-los e provocar transformações emancipatórias e inclusivas no âmbito das instituições jurídicas, gerando política judicial integradora. 

A necessidade de estimular a jurisdição com recorte de gênero e raça, de forma mais efetiva e permanente, também foi destacada nas falas das participantes, bem como alterar normas e outras expressões do direito que obstaculizam e/ou bloqueiam a ascensão de mulheres a postos de poder no Sistema de Justiça.

Participaram do evento:

1. Ana Paula Sciammarella – Coordenadora Executiva do Fórum Justiça | RJ
2.  Camila Moura de Carvalho – Magistrada Estadual | RS
3.  Carolina Rangel – Defensora Pública | SP
4.  Clara Mota – Juíza Federal | MTS
5.  Cláudia Dadico Válido – Juíza Federal | SC
6.  Daniela Ribeiro Mendes – Procuradora do Trabalho | RJ
7.  Daniela Vasconcellos – Promotora de Justiça | RJ
8.  Deborah Duprat – Procuradora Federal | DF
9.  Ela Wiecko – Procuradora Federal | DF
10.  Érika Puppim – Promotora de Justiça | RJ
11.  Fabiana Dal’Mas – Promotora de Justiça | SP
12.  Fabiana Severi – Pesquisadora IEA (USP) | SP
13.  Gabriela Lacerda – Juíza Federal | RS
14.  Jeane Xaud – Defensora Pública | RR
15.  Kenarik Boujikian – Desembargadora | SP
16.  Lisyane Chaves Motta – Procuradora do Trabalho | RJ
17.  Luciana Coutinho – Procuradora do Trabalho | MG
18.  Luciana Zaffalon – Pesquisadora e coordenadora da JUSTA | SP
19.  Maria Gabriela Peixoto – Coordenadora Executiva do Fórum Justiça | RJ
20.  Mônica de Melo – Defensora Pública Estadual (Fórum Justiça) | SP
21.  Rita Oliveira – Defensora Pública da União | RJ
22.  Rosane Reis Lavigne – Defensora Pública Estadual (Fórum Justiça) | RJ
23.  Samia Bonavides – Promotora de Justiça | PR
24.  Silvana Suckow – Procuradora do Trabalho | RJ
25.  Teresa Cristina Cabral – Magistrada Estadual | SP

 

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