Fórum Justiça

Uma reportagem da revista Marie Claire perfilou cinco juristas negras com chances de indicação ao STF (Supremo Tribunal Federal), para ocupar a vaga da ministra Rosa Weber, que se aposenta em outubro. Entre as cotadas está a defensora pública Mônica de Melo, Coordenadora Geral do Fórum Justiça. 

Nascida em São Paulo, Mônica é formada em Direito pela PUC-SP, onde foi contratada em 1992 como professora assistente na universidade, começando assim a carreira acadêmica. Trabalhou na Procuradoria do Estado de São Paulo e, em 2006, tornou-se defensora pública, integrando o primeiro gabinete de defensores que organizou o funcionamento da instituição em todo o estado. Depois migrou para a área de execução criminal, na qual atua até hoje. Foi responsável por redigir a proposta de criação do núcleo de direitos das mulheres na Defensoria Pública de SP, temática na qual se especializou como defensora e também em sua produção acadêmica, feita sob uma perspectiva antirracista e de gênero.

Em entrevista à Marie Claire, declarou ser favorável à legalização do consumo e venda de drogas, porque, segundo ela, “quem conhece o sistema carcerário brasileiro não vai defender a criminalização”. Também afirmou que apoia a descriminalização do aborto – tema pesquisado durante seu doutorado: “Quem é a favor da descriminalização é a favor da vida de milhares de mulheres pobres que fazem aborto clandestino e acabam morrendo.”

Além de Mônica de Melo, estão na lista de perfis da revista as juristas Livia Vaz, Lucineia Rosa dos Santos, Manuellita Hermes e Vera Lúcia Santana Araújo.

Nós defendemos que uma justiça representativa e democrática só é possível com a efetiva participação das mulheres negras. Por isso, apoiamos a campanha em defesa da indicação de uma mulher negra e progressista ao STF. 

Leia a matéria da Marie Claire aqui.