Fórum Justiça é lançado em Volta Redonda
Veículo: Diário do Vale
Publicado em 11/12/2011, às 18h17
Gabriel Borges
Objetivo: Bispo acredita que fórum serve para indicar pontos onde igreja deve intervir
O Dia Internacional dos Direitos Humanos, lembrado anualmente no dia 10 de dezembro (ontem), foi comemorado em Volta Redonda com o lançamento do Fórum Justiça. O evento aconteceu na Cúria Diocesana, na Vila Santa Cecília, e reuniu pastorais da Igreja Católica, líderes de movimentos sociais, representantes da Justiça e do governo municipal, entre outras autoridades.
A defensora pública Carolina Anástacio, uma das fundadoras do grupo no Rio de Janeiro, explicou no que consiste a iniciativa.
– O Fórum Justiça é um espaço permanente de discussão, em que a sociedade é a grande protagonista. O projeto surgiu a partir da leitura dos documentos “100 regras de Brasília” e “Carta do Rio” (ambos abordam o acesso à Justiça de pessoas em condição de vulnerabilidade social). Nosso lema é “Reconhecimento, redistribuição e participação popular: por uma política judicial integradora” – pontuou.
O bispo diocesano, Dom Francisco Biasin, destacou a importância do movimento para a “ação evangelizadora da Igreja Católica”.
– Precisamos ter um mecanismo que nos ajude a detectar os pontos em que a igreja deve intervir. Creio que o Fórum Justiça será uma ferramenta nesses moldes – disse.
– A igreja é chamada a defender, em quaisquer casos e circunstâncias, a dignidade do ser humano. Toda discriminação é uma ofensa à fé cristã e, portanto, tem que ser combatida. Tomara que o fórum se comprometa a realizar a missão a qual se propõe – acrescentou.
A presença do bispo emérito da Diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda, Dom Waldyr Calheiros, era uma das mais esperadas pelo público presente. O sacerdote, ícone emblemático da luta pelos trabalhadores da CSN na década de 80, compareceu ao encontro e definiu o que significa, na opinião dele, o termo “Direitos Humanos”.
– Os Direitos Humanos só têm utilidade quando funcionam para que os pobres se libertem da miséria, do desemprego, dos baixos salários, enfim, de todas as formas de escravidão. É preciso que os pobres se transformem em sujeitos da sua própria libertação, em todos os aspectos da sua condição humana – abordou.
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