Fórum Justiça

Evento de lançamento da pesquisa “Políticas de Diversidade e Gênero e Raça na Magistratura” foi realizado realizado na Casa de Francisca, em São Paulo

Fórum Justiça, Themis e Justa promovem evento de lançamento da pesquisa sobre equidade de gênero e raça na magistratura

04/09/2024

Compartilhe!

O Fórum Justiça, por meio do projeto ColetivAmente, promoveu em parceria com as organizações Themis e Justa o lançamento da pesquisa “Políticas de Diversidade e Gênero e Raça na Magistratura” em evento realizado na Casa de Francisca, em São Paulo, na quinta-feira (29/8). O encontro contou com a participação da juíza Karen Luise, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), da escritora Cida Bento, diretora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades, e de Mariana Yoshida, pesquisadora e juíza do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul (TJMS).

Mesmo após a criação de normas do CNJ para garantir a equidade de gênero e raça nos tribunais estaduais, a adesão a essas políticas permanece baixa, e faltam mecanismos de fiscalização para torná-las efetivas. O estudo destaca que, apesar da Resolução CNJ 255, publicada em 2018, que exige dos Tribunais de Justiça medidas para incentivar a participação feminina em cargos de liderança, comissões de concurso e como palestrantes em eventos institucionais, apenas cinco dos 27 tribunais aderiram completamente à norma. Nove tribunais aderiram parcialmente, enquanto 13 não forneceram informações suficientes para uma avaliação conclusiva.

Fórum Justiça, por meio do ColetivAmente, promoveu com as organizações Themis e Justa o lançamento da pesquisa "Políticas de Diversidade e Gênero e Raça na Magistratura" em evento na Casa de Francisca, em São Paulo

As participantes debateram os principais pontos da pesquisa, como os tópicos dialogam com a realidade de cada uma delas, e possíveis ações para colocar em prática as políticas em curso para a redução da desigualdade no sistema de Justiça. Como explicou Karen Luise, que em 25 anos de carreira na magistratura só veio conhecer outras juízas e juízes negros alguns anos após a admissão no cargo, esse reconhecimento e a criação de movimentos que aproximem esses magistrados é um passo importante para a cobrança de medidas que deem visibilidade ao problema.

A fala da juíza está de acordo com a fala conjunta feita por Rosane Lavigne e Mônica de Melo, defensoras públicas e coordenadoras do Fórum Justiça. “Guiadas por um olhar crítico, certamente acentuada pela análise do resultado da pesquisa, esperamos que surja, nesta noite, uma ativa interação entre nós e que, juntas, em rede, possamos construir uma resposta à pergunta: como acelerar o acesso de mulheres comprometidas com uma visão integradora a posições de poder no sistema de Justiça?”

O encontro também contou com falas de Denise Dora, Luciana Zaffalon, Gabrielle Nascimento, Ana Paula Sciammarella, Julia Godoi Cutait e de convidadas que estavam na plateia, que também reforçaram o compromisso das organizações em provocar o diálogo público e fomentar um movimento em torno da criação de políticas de promoção da equidade, essenciais para a revisão da estrutura judicial condizente ao Estado Democrático de Direito.

A ausência de mulheres, especialmente em posições de poder no sistema de Justiça, deve ser reconhecida como uma questão prioritária nos debates democráticos. A pesquisa lançada pelo Fórum Justiça, por meio do ColetivAmente, com apoio do JUSTA e da Themis, analisa a realidade das políticas de diversidade de gênero e raça existentes na magistratura, retratando o momento histórico que vivemos, em que temas até recentemente invisíveis ganham a centralidade das oportunidades de avanço. É o primeiro passo de uma mobilização essencial, protagonizada pela sociedade civil, que se posiciona por um sistema de Justiça mais democrático e inclusivo.

Sobre as Organizações:

O Fórum Justiça é uma organização criada em 2011, no Rio de Janeiro, em uma iniciativa promovida por integrantes do sistema de Justiça, movimentos sociais e academia. A articulação visa contribuir para a construção de uma Justiça democrática, comprometida com a realização dos direitos humanos e orientada pelas demandas dos grupos historicamente vulnerabilizados em nossa sociedade. Com representantes em diversos estados do país, o Fórum Justiça tem como visão ser um espaço plural e apartidário de articulação, formação e referência na produção de pesquisas, avaliações e propostas de políticas públicas de Justiça. 

A plataforma Justa é um centro de pesquisa, design e incidência que se propõe a facilitar o entendimento e a visualização de dados do financiamento e da gestão do Sistema de Justiça, com o objetivo de mostrar os impactos que a proximidade entre os Três Poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – pode ter na vida social e na organização democrática.

A Themis Gênero, Justiça e Direitos Humanos foi criada em 1993 por um grupo de advogadas e cientistas sociais feministas com o objetivo de enfrentar a discriminação contra mulheres no sistema de Justiça. O seu trabalho se organiza a partir de três estratégias: i) Fortalecer o conhecimento das mulheres sobre seus direitos e o sistema de Justiça, através do Programa de Formação de Promotoras Legais Populares (PLPs); ii) Dialogar com operadores/as do Direito sobre os mecanismos institucionais que preservam e reproduzem a discriminação contra mulheres; e iii) Advogar em casos estratégicos para proteger e alavancar direitos das mulheres em esfera nacional ou internacional. 

Download Best WordPress Themes Free Download
Download WordPress Themes Free
Download WordPress Themes Free
Download WordPress Themes
udemy course download free
download intex firmware
Download WordPress Themes
online free course