Poesia e resistência marcam sarau livre em Porto Alegre, com integrantes do FJ
Abrindo com performances poéticas e musicais com a Cacica Alice Guarani e a Lilian Rocha, o Sarau Livre, realizado na última sexta-feira (25/03), trouxe crítica aos 250 anos de uma colonização violenta, que desagrega, atinge povos originários e tradicionais, destrói o meio ambiente e faz de diversos segmentos invisíveis em Porto Alegre (RS).
A socióloga Camila Prates, do Comitê de Combate à Megamineração [1], falou da vitória na ação civil pública que suspendeu o projeto da Mina Guaíba, e a importância da mobilização social para isso. O advogado socioambientalista Renato Barcelos, do Fórum Justiça, disse da necessidade de se olhar o Guaíba sobre a perspectiva dos Direitos da Natureza e tratou um pouco das ameaças que existem sobre a região e as lutas de resistência.
Em seguida, teve o tradicional microfone aberto, como muita poesia e algumas apresentações musicais, com destaque para atração da noite, o grupo Dissidência Cacofônica. Foi uma celebração da cultura e do meio ambiente de Porto Alegre e refletindo, criticamente, sobre o modelo de sociedade que constituímos, excludente e violador. O Fórum Justiça apoiou o evento, juntamente com a Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares (RENAP), Revista Crítica, Sarau da Invencionática e pela Gente de Palavra. A promoção deste Sarau Livre ocorreu no I Love CB[2], local de referência cultural em Porto Alegre.
Por Rodrigo de Medeiros Silva[3]
[1] WEISSHEIMER, Marco. Justiça Federal atende pedido do povo guarani e suspende licenciamento da Mina Guaíba. Disponível em: https://sul21.com.br/noticias/meio-ambiente/2022/02/justica-federal-atende-pedido-do-povo-guarani-e-suspende-licenciamento-da-mina-guaiba/. Acesso em: 26 mar 2022. Publicado em: 09 fev 2022.
[2] Rua da República, 695, Cidade Baixa, Porto Alegre-RS.
[3] Advogado popular, membro do Fórum Justiça.